segunda-feira, 23 de maio de 2011

Irmandade

Não diferente do resto do mundo, lá em casa mulher é maioria. Somos 3 irmãs + minha mãe X meu pai, o único menino do grupo. Pelo menos até bem pouco tempo...

Sou a caçula e por isso a mais querida (hahahha). Conseqüentemente minhas irmãs sempre se juntaram para me sacanear. Elas inventavam cada história! Me contaram a “clássica” de que fui achada na lata do lixo; falaram que uma tia nossa, quando tava grávida, fez força ao ir no banheiro e o pé do meu primo saiu; que tinha um balão em cima da casa do meu tio, naquela portinha que dá no forro, sabe?!; inventaram até que se eu comesse uma folhinha de um enfeite que tinha guardado no baú da minha mãe, era possível voar... pois é, irmã sabe ser má. E só por vingança, eu era a mais fofoqueira de todas. Olha esse diálogo típico:

“ –Júlia, não conta pra minha mãe.
- Tá! Peraí que vou ali rapidinho.
- Onde você vai? Não conta, hein?!
- Não conto. Só vou ali rapidinho.
30 segundos depois...
-Rachel e Mariana, vem aqui a-go-ra! – Mãe”

Hahhaha. E elas continuavam me falando as coisas.
Uma vez elas tiraram o bife do meu pão num momento que me distraí. Depois que comi todinho, sem dar falta da carne, elas me devolveram. Chorei, claro!

Talvez pela pouca diferença de idade (nascemos todas em ano de copa, de 4 em 4 anos) sempre rolou mais atrito entre mim e Mariana. Ela sempre me tirou do sério com a folga dela... Grrrrr!
Já trocamos uns tapas e beliscões, mas foi pouco, pelo que lembro.

Um pouco mais velha, passei a admirá-las. Eu também queria ter agenda, amigos, paqueras e histórias de Rio Claro, mas só nos aproximamos quando eu já tinha uns 15, 16 anos, quando passamos a sair juntas, conversar mais e nos entender muito melhor.

Hoje, cada uma mora em uma cidade e tem sua vida independente. Sinto muita falta de conviver mais com elas, mas também desconfio que a nossa relação é muito boa, em parte, pela distância.

Elas me deram meus mais lindos presentes, que são meus três sobrinhos. O número de meninos agora está começando a se equilibrar lá em casa.

Sou muito abençoada. Já ganhei muitos irmãos ao longo da vida, principal e indiscutivelmente, minhas primas!!

Que triste deve ser a vida de um filho único...

Amo vocês ;)

7 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkkkk,que texto engraçado,julia!me diverti muito ...agora me diz...que tipo de pessoa come um pao inteiro e não da falta do recheio!!!
    e sabe ,concordo com vc quando diz que deve ser muito triste ser filho unico.viva as grandes familias que ja não existem mais!!
    beijos

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  2. aiii, não resisti e vim ler antes de postar! ihihihi
    cara, adorei o texto e ri muito lembrando essas histórias da nossa infância! eu participei de quase todas!
    e gente, eu sou filha única por parte de mãe, não é nada mal ter as mordomias só pra mim! hahahahaha
    beijos

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  3. ah, julia, vc esqueceu de contar que elas fizeram vc acreditar em papai noel até os 16 anos! HAHAHAHHAHAHAHAHAHAHA

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  4. Hahahahahaha! O episódio do pão sem carne é indesquecível! hahahahaha
    E quando ao pé do neném saindo da minha tia, eu também sou vítima, sempre acreditei nisso!

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  5. hahahaha, caraca!ri muito da parte do pão! E que fofoqueirinha hein!hahaha

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  6. A do papai noel e sacanagem. hahahah

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  7. caraca....eu adoro esse textoooooooo! bjos irmã caçula!!! te amo!

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