quarta-feira, 9 de julho de 2014

Resiliência

Resiliência. Esses dias, num momento de desânimo, ouvi isso de uma prima/amiga. Já tinha escutado e principalmente lido essa palavra muitas vezes, mas não sabia muito bem seu significado. Resiliência quer dizer: a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse etc. - sem entrar em surto psicológico. É uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano condições para enfrentar e superar problemas e adversidades.

Já disse aqui uma vez que não tenho saco pra tristeza e depressão. Normalmente, sou de bem com a vida! E realmente não tenho do que reclamar, graças a Deus, tenho tudo que preciso: trabalho, saúde, fé, família unida, os melhores amigos do mundo, primos que são como irmãos, pais que fazem tudo por mim. Mas, mesmo assim, às vezes sinto falta de algumas coisas, como ultimamente daria tudo para ter mais tempo, paz e sossego! E o amor, ah, esse nem preciso dizer...

Estou num dos momentos mais tumultuados da minha vida, com minha avó – com quem eu moro – aos 86 anos, com uma vértebra quebrada e muito deprimida. Por mais que as pessoas ofereçam e dêem ajuda, é no dia-a-dia que o bicho pega de verdade. Faço tudo de boa vontade, mas não nego que seja muito cansativo.

Ando fazendo mágica para administrar o tempo e dar conta de tudo. Ajudar minha avó, meu pai (que não está doente, mas me pede tudo e eu sou incapaz de negar), trabalhar no mercado, trabalhar no bazar, ir ao ortopedista, pagar minhas contas, ir ao salão – porque, afinal, eu sou menina e mereço! Outro dia me olhei no espelho e levei um susto com minha sobrancelha! Hoje me peguei atravessando a rua que nem uma maluca com duas enceradeiras na mão para levar pro conserto! Hahaha!

Além de tudo, tem essa dor de cotovelo que não me deixa em paz. Quem manda ter coração mole (e burro)? Eu podia jurar que, dessa vez, era o cara certo... Só que não. O bom é que não dá nem tempo de sofrer! Mas confesso que à noite deixo cair algumas lágrimas no travesseiro... Minha vida não podia ser mais simples? Será que algum dia eu vou conseguir ter a MINHA própria vida?

Sei que meu drama pode parecer pequeno para outras pessoas, assim como a vida dos outros me parece sempre tão melhor que a minha! A grama do vizinho é sempre mais verde, ainda mais em tempos de redes sociais. No Instagram, todo mundo é feliz, bonito e perfeito! Mas a vida sem filtro é outra história... A verdade é que não é mais fácil para ninguém. Cada um é que sabe das suas próprias batalhas.

Por isso, não me dou o direito de me abater, muito menos de descontar meu stress nas outras pessoas. Ninguém tem culpa se minha vida está de cabeça para baixo! Aderi ao movimento #100happydays, o que me ajuda a reconhecer a felicidade em pequenas coisas do meu dia-a-dia. Tem sido ótimo! De manhã, o travesseiro já está seco e eu estou pronta para outra! E é isso aí, vida que segue... Uma hora tudo se ajeita! Ainda bem que existe mesmo essa tal de resiliência para não me deixar pirar de vez!

“Todo mundo que a gente encontra na vida está enfrentando uma batalha que você não sabe nada a respeito. Seja gentil com todo mundo. Sempre!”

Nesse caso, vale a máxima: Gentileza gera gentileza. Já dizia o velho e sábio profeta! :)


 

Um comentário:

  1. lindo texto! gostei mt! parabéns :) força na luta! bjs de uma antiga amiga que te acompanha de longe. palloma

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