segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Autobiográfico

Ela é bonita. Não nos padrões de beleza atual, alguns quilos a mais, outros centímetros a menos, mas ela sabe que é bonita sim. De uma maneira simples, espontânea e natural. Tem uma timidez tardia que não sabe exatamente se é encantadora ou cafona. Talvez um pouco fora de moda, mas o que se pode fazer?

Ela não entende de política, muito menos de futebol. Mas ama poesia! E sabe que isso está nos pequenos detalhes do dia-a-dia. É apaixonada por filmes franceses e vive se imaginando como personagem de um. Às vezes gostaria que sua vida tivesse um pouco mais de emoção!

Ela tem os lábios pintados de vermelho que carregam sempre um sorriso. E se sente livre quando coloca a mochila nas costas e o pé na estrada. Ela gosta de cantar de olhos fechados e dançar com os braços para cima. Escreve e lê. Ama fotografar e ser fotografada. Quando cozinha, coloca muito amor – e às vezes muito sal também! 

Ela tem um coração partido em mil pedaços, que ainda se contorce de dor quando pensa naquele cara. Mas, apesar dos cacos, é um coração cheinho de sonhos doces! Ela sabe do seu valor e vive proclamando seu discurso de amor próprio – sim, ela se ama verdadeiramente! – mas, no fundo, vive se perguntando o que, afinal, há de errado com ela.

Já faz muito tempo desde os seus 16 anos, mas ela continua com tantas dúvidas e inseguranças quanto as de uma adolescente. Só que as questões são outras, tão mais maduras quanto complexas. Às vezes parece uma doida! E está sempre mudando. Tem uma sede infinita de aprender. Ela está prestes a fazer 30 anos e ainda é uma menina...

Essa menina sou eu!

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