Esses dias minha avó começou uma arrumação em um armário e
achou um monte de coisas antigas minhas. Entre diários, cartas e fotografias, encontrei
alguns textos escritos por mim há 16 anos. Que nostalgia! Tinha muita coisa
ruim, é verdade, mas também achei alguns tão bonitinhos! Como esse que vou
postar aqui agora: bobinho, inocente, até infantil, mas cheio de uma verdade e
crueza que eu acho que só é possível aos 16 mesmo! Uma coisa é certa: intensa
eu sempre fui. Marina, exagerada verdadeira! ;)
"Eu sou a favor das declarações de amor!
Gente, tem coisa mais besta do que amar e não demonstrar? A
gente nunca sabe o dia de amanhã! Vai que o seu amor está andando na rua, é
atropelado ou leva um raio na cabeça? Ele vai morrer sem saber o quanto é amado
por alguém. E esse alguém (no caso você) vai ficar aqui se lamentando por não
ter dito nada antes.
Acho lindo serenata, cartões de amor, beijo na chuva,
desenhar coração na areia da praia, no tronco da árvore ou até mesmo na
carteira da escola. Flores, bombons, poesia, telefonemas que duram horas e
terminam sempre em “não, desliga você”!
Tem coisa melhor que amar? Não, não tem.
Portanto, se você está apaixonada, não tenha vergonha! Corra,
grite, vá atrás, telefone, agarre, roube um beijo. Vale até fazer um escândalo!
Mas encontre uma forma de se declarar, libertar esse furacão que está dentro de
você e faz seu coração pular, o rosto corar e o corpo tremer só de vê-lo
passar.
Chegue à janela e grite: NINGUÉM AMA MAIS DO QUE EU!
Pule, cante, brinque, dance, dê piruetas. Enlouqueça! Mas de amor."