É tão difícil ser paciente às vezes! E não falo dessa
paciência que eu perco quase o tempo todo, mas dessa paciência que todo mundo
me manda ter quando eu reclamo de estar sozinha. E não digo que estou sozinha
só porque não estou namorando ninguém, porque nem sempre compromisso significa
companhia ou segurança – embora fosse para ser assim.
Mas meu coração está vazio há tanto tempo que já estou
naquela fase de confundir carência com interesse. Naquela fase em que você se
pergunta se realmente existe alguém por aí para acalmar seu coração. Naquela
espera infinita que às vezes somos submetidos e que parece não ter fim. Quando
você para e se pergunta: o que há de errado comigo?
Ando tão cansada das pessoas, gente vazia e superficial, que
não demonstra o que sente, que esconde o que vai no coração. Cansada daqueles
que se aproximam, me cativam e depois se afastam. Cansada de me importar, cansada
de incertezas, de indiferença, de ser invisível.
Quero alguém que me surpreenda e, apesar dos meus defeitos,
queira me ver no fim do dia. Quero alguém em quem pensar toda noite quando me
deito. Quero companhia para fazer tudo, e para fazer nada quando assim der
vontade. Quero alguém que goste de conversar comigo e me admire pelo que sou.
Alguém que goste de mim!
Quero sorrir com os olhos, ter a alma leve e aquela beleza
que só o amor de verdade nos proporciona. Quero alguém sem medo de ser feliz,
de tentar, de se envolver. Quero amor! Quero amar!
Não é drama... É sentimento – ou a falta dele.